Laços de Afeto - Mário Quintana


Eu nunca tinha reparado como é curioso
um laço… Uma fita… Dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola.
Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração,
tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando…
Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
, na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.
Ah, então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz:
romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso…
Não prendem, não escravizam,
não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!


Fonte: http://iamgonnagetmarried.blogspot.com
Imagem:alinuerci.blogpost.com

Muitas faces e fases de Clarice Lispector



"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!






Clarice Lispector

O mito da mulher limpinha




Nunca conheci uma mulher que não faça as unhas. O mercado profissional das manicures é curioso. Quando a economia vai bem, as plaquinhas que anunciam vagas se multiplicam pelas cidades – dos salões luxuosos às bibocas mais improvisadas. Quando a economia vai mal e o desemprego avança, as manicures são as últimas a sentir a crise. O salário delas passa a sustentar a família. Manicure não fica sem trabalho. É serviço de primeira necessidade – às vezes disputado no grito pelas clientes.
Se todas as mulheres e muitos homens frequentemente sofrem ferimentos provocados pelos alicates – os terríveis “bifes” – quem garante que não sairão do salão infectados por um vírus que pode ser fatal?
Ninguém garante. A existência de autoclaves e estufas nos salões não é garantia de coisa alguma. Foi o que descobri ao entrevistar a professora de enfermagem Andréia Schunck, do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
Em seu doutorado, Andréia decidiu investigar de que forma as manicures contribuem para a disseminação das hepatites. Ninguém sabe ao certo quantos são os portadores dos vírus B e C no Brasil. Estima-se algo entre 1,5 milhão e 4 milhões. É gente demais.

Esses vírus provocam inflamação no fígado. São um gravíssimo problema de saúde, como contou o médico Drauzio Varella na coluna da semana passada. Drauzio vai levantar o assunto na nova série do Fantástico, que estreia no dia 17.
Os vírus podem danificar o fígado durante décadas sem dar o menor sinal. Quando o doente o descobre, já infectou várias outras pessoas por meio do contato com material perfurante ou nas relações sexuais. Muitas vezes a doença já chegou à fase de cirrose ou câncer. O único recurso passa a ser o transplante. Ele é disputado numa fila cruel, mais longa que a do coração e a dos rins. Grande parte dos pacientes morre antes de conseguir o órgão.
É chocante perceber que todo esse sofrimento poderia ser evitado se normas básicas de higiene fossem efetivamente cumpridas. Andréia visitou cem salões de beleza da capital paulista. Na periferia, no centro, nos shoppings, nos bairros nobres. A metodologia foi rígida. Para evitar qualquer viés que invalidasse os dados, pediu ao Datafolha que dividisse as regiões da cidade por amostragem. O instituto de pesquisa informava um ponto de referência em cada bairro. Uma banca de jornal, uma padaria, uma loja.
A partir dele, a missão de Andréia era caminhar aleatoriamente até encontrar o primeiro salão de beleza. Ao encontrá-lo, se apresentava e fazia a pesquisa. “No Brás, caminhei duas horas e meia até achar um salão. Durante toda a pesquisa emagreci 16 quilos”, diz ela. O esforço valeu a pena. Trata-se de um estudo inédito no mundo.
Andréia passava de seis a dez horas em cada salão. Entrevistava as manicures, observava como elas trabalham e colhia sangue para verificar se tinham o vírus da hepatite B ou C. Em TODOS os salões, encontrou práticas inadequadas.
As manicures não lavavam as mãos depois de atender cada cliente, não lavavam o material antes de colocá-lo no equipamento de esterilização, não usavam as autoclaves corretamente etc. Em um deles, as profissionais achavam que colocar os alicates no forninho elétrico seria suficiente. Tiravam pães de queijo da assadeira e colocavam os alicates no lugar. Inútil. O calor do forninho não é suficiente para matar os vírus.
Até nos salões mais badalados, frequentados por celebridades e divulgados como templos exclusivíssimos do luxo e da beleza, Andréia observou pelo menos um descuido capaz de permitir a transmissão dos vírus.
As manicures não têm noção do risco que correm. Podem pegar a doença das clientes caso se machuquem com o material usado.O mesmo pode acontecer se fizerem as próprias unhas com o material infectado pelas clientes. Andréia observou que essa é uma prática mais comum do que se imagina.
Num dos salões mais chiques de São Paulo, Andréia quis saber por que a manicure não usava luvas. A moça respondeu:
“Não tem perigo. Minhas clientes são limpinhas”.
Tentar adivinhar a condição de saúde de alguém pelas pistas sugeridas pela boa aparência e pela condição social privilegiada é uma tremenda bobagem. Passar a tarde no ofurô, entregar as chaves da BMW ao manobrista e desfilar uma Louis Vuitton por semana não torna ninguém imune aos vírus. Eles não fazem distinção entre os limpinhos e os sujinhos. Os vírus têm um único objetivo neste planeta: crescer e se multiplicar. Para cumprir essa missão com eficiência, é preciso infectar as pessoas sem matá-las rápido demais. Quanto mais tempo o hospedeiro sobreviver e espalhar a praga, mais descendentes os vírus colocarão no mundo.
É exatamente o que fazem os vírus da hepatite B e C. O vírus B é cem vezes mais infectante que o da aids. Tem a capacidade de permanecer vivo em superfícies por até sete dias. A pessoa infectada é capaz de viver décadas sem notá-lo. A mulher que contrai o vírus B na manicure pode transmiti-lo ao parceiro se não usar camisinha nas relações sexuais. A transmissão sexual do vírus C é controversa e rara, mas os especialistas dizem que ela também pode ocorrer. “Parece estar restrita a alguns grupos de risco com práticas sexuais anais e traumáticas”, diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Entre as manicures, a prevalência dos vírus da hepatite é maior que na população geral. Foi o que Andréia comprovou. Os exames de sangue demonstraram que 10% das profissionais entrevistadas estavam infectadas. O vírus B apareceu em 8% da amostra e o vírus C em 2%.
A forma mais segura de se proteger da doença é a vacinação. Existe vacina para o vírus B, mas não para o C. O SUS oferece a vacina contra hepatite B a grupos específicos (profissionais da saúde e do sexo, imunossuprimidos, coletores de lixo etc). As manicures fazem parte dessa lista, mas apenas 15% das mulheres entrevistadas por Andréia sabiam que tinham direito à vacina.
As manicures também tinham muitas dúvidas sobre a forma correta de higienizar o material. Para não correr risco de se infectar ou de infectar as clientes, a profissional precisa cumprir todos os passos a seguir. Na próxima vez em que for ao salão, observe se eles realmente foram cumpridos. É provável que você se assuste:
1) Antes de atender cada cliente, lavar as mãos ou usar álcool gel
2) Colocar as luvas. Usar um novo par a cada cliente
3) Usar lixa e palito descartáveis (um para cada cliente)
4) Abrir o pacote com o material esterilizado na frente da cliente
5) Usar uma toalha limpa ou descartável para cada cliente
6) Lavar os alicates, a espátula e outros instrumentos metálicos reutilizáveis com água, sabão e escova
7) Enxugar esse material com toalha limpa e colocá-lo no envelope especial para esterilização
8) Selar o envelope e colocá-lo na estufa ou na autoclave
9) A estufa não pode ser aberta durante a esterilização. Se uma manicure abrir a porta da estufa enquanto outra deixou o material lá dentro, a esterilização fica comprometida. É preciso manter a estufa funcionando durante uma hora ininterrupta, à temperatura de 170 graus
10) A autoclave é mais fácil de controlar porque funciona como uma panela de pressão. Basta colocar o envelope, fechá-la e esperar até o final da esterilização.
Se você gostou desses passos, espalhe o link e contribua para a saúde de todos. Outra opção é fazer um kit e levar o seu próprio material ao salão. Não basta levar apenas o alicate. “Levo acetona, esmalte, palito, espátula, alicate, tudo”, diz Andréia. Ela tem dois ou três alicates. Manda afiá-los nas mesmas casas especializadas onde as manicures compram o material de trabalho.
xxxxx Neurose demais? Pode ser, mas estou convencida de que o sofrimento provocado pelos vírus da hepatite é infinitamente maior. “O erro de muitas mulheres é desvincular a saúde da beleza”, diz Andréia. “É importante cuidar da beleza. Mas com saúde”.
Cristiane Segatto

E você? O que observa nos salões de beleza? Como se protege? Conte pra gente. Queremos ouvir sua história.

O Tempo de quem faz o tempo!

"O tempo, rápido, vem e se vai, Como uma onda, não se detém. Momento bom é o que está/ em nossas mãos. Pois nunca mais se repetirá.
O coração tem chance de amar agora, aqui ..."
Música do Movimento dos Focolares
'
Ouvir outro dia essa música me fez fazer uma reflexão!

Depois do meu aniversário me veio uma tristeza sem explicação e assutada comecei a perceber que o tempo estava passando ligeiro demais, as coisas estão mudando rapidamente e os anos começaram a deixar marcas no corpo, na face, na disposição para o trabalho e até no olhar que parece ficar mais profundo.

É o tempo!

..."O tempo, rápido vem e se vai"...Passa os anos de vida, passa as dificuldades, passa a dor, passa aqueles momentos belos, passa tristezas, passa alegrias..Tudo. Tudo vem passando!

E como passa rápido!!!

Assim, ouvir essa música acima, me fez repensar. Passei dias pensando e hoje relembrei a música e vi que não importa o que passa, importa apenas o que fica. E o que fica é aquilo que é amor. E como disse Chiara Lubich: Nada é inútil se foi feito por amor. Nada. Absolutamente nada!

Então é verdade: Bom mesmo é apenas o momento do agora! Só o agora é presente, só nele podemos amar, aqui agora...

Pois é! Isso acalentou meu coração e me fez sobretudo perceber que nem o momento mais maravilhoso da minha vida, eu posso segurá-lo e pará-lo no tempo.

O tempo é de quem faz o tempo!!!!

Nesta vida, nesse mundo real, aqui e agora, por todos os caminhos e atalhos que a gente anda, não falta quem puxe o nosso tapete, barre nosso caminho ou queira de alguma forma levar algum tipo de vantagem. Enfrentamos sempre muitas dificuldades, decepções e tristezas que até surgem do nada. Daí, levar a vida a frente é sempre uma luta constante.

Ontem alguém me perguntou: Haydée, o que lhe move para está sempre indo em frente e se reiventando? Onde arranja tempo para tantas atividades e nunca se dar por vencida?
Parei um pouco para pensar e vi agradecida que cada vez que alguém me dá uma rasteira ou puxa meu tapete, decepciona-me ou busca levar vantagem, eu posso até cair, ficar desanimada, mas em cada queda eu aproveito o embalo e dou um salto para frente.

É no meu coração é que encontro entusiasmo e força para seguir sempre a frente. Vou indo devagar e sempre, e sei que um dia chego exatamente lá onde quero.

Aprendi com passagem de mais esse aniversário, que devo agradecer os obstáculos, pois eles é que fazem-me ir para frente e que fortalece-me na jornada.
Sei que amo o meu trabalho, amo a vida, minha família e meus muitos amigos. Mas isso tudo também um dia passa!

Vejo que na vida, só existe um bom caminho que é Viver o momento presente na vontade de Deus.

Parece Utopia? Ou algo sem sentido? Mas não é! Realmente como diz a música: .. " o momento bom é o que está nas nossa mãos". E a vontade de Deus é suprema e acolhe-la com amor é seguir um designío maravilhoso que Deus Pai nos destinou, no seu imenso amor.

Assim sem medo algum vou indo, cheia de esperanças e muita fé de conquistar todos os meus sonhos. Não tenho medo de ninguém e agora não mais tenho medo nenhum do tempo! Pois sei que o tempo é de quem faz o tempo, estando apenas no agora.

Pois então! Vamos nós, para frente, fazendo nós mesmos o nosso tempo!
Vamos???

Haydée Ferreira
Formada em Decoração de Interiores e em Economia, é especialista em Decoração de Residências e Eventos, tendo mais de 30 anos de experiência nestas áreas.

O que se faz quando elas choram?


Ivan Martins

Os homens ficam perplexos diante do choro das mulheres. Há nele alguma coisa que nos comove e nos confunde. Por quê? Os evolucionistas dirão que o choro talvez seja um instrumento evolutivo para conter a agressividade masculina, mas ninguém sabe. O fato é que as mulheres choram muito. Muito mais que os homens, quero dizer. Choram em festas, choram em filmes, choram, sobretudo, na intimidade. Conviver com uma mulher é aprender a vê-la chorar – e entender. Mas isso não é fácil. Leva tempo e exige experiência acumulada. Com o intuito de cortar caminho e facilitar a vida dos mais jovens, segue um breve guia sobre os diferentes tipos de choro, o que eles significam e como se deve lidar com eles. Se funcionar, será uma enorme surpresa:


1. Choro sem razão: esse é o mais comum e o mais frequente. A mulher parece nervosa e desata a chorar por uma banalidade qualquer. O controle remoto sumiu. Ou a calça de lã preta ficou apertada. Por trás disso, em geral, há um desarranjo hormonal periódico chamado de TPM. Algumas mulheres ficam irascíveis nesse período. Outras se tornam ultra sensíveis. Todas choram sem razão aparente. O melhor conselho é sair do caminho. Se isso for impossível, tente ser gentil sem chegar perto demais. Às vezes uma caixa de bom-bons resolve. Outras vezes é sexo, mas com risco de vida. Jamais – eu repito – jamais mencione a expressão TPM. Finja que você e ela não sabem a origem daquilo tudo.

2. Choro de tristeza: também esse é bastante comum. Por alguma razão ela está insatisfeita, em geral com ela mesma. Esse tipo de choro vem precedido de quietude e olhares magoados. Seu papel é sentar-se bem pertinho, passar o braço em volta dela e pedir para ouvir. Desligue a TV e esqueça o livro. A conversa será longa, mas tende a ter final pacífico e feliz. Se houver uma banheira por perto, é o lugar certo para uma esponjada final, demorada e carinhosa. Na falta dela, banho de chuveiro e massagem nos pés. Seu papel nesse caso é o de pai, mas fazendo depois coisas que ele não faria.

3. Choro de DR: é preciso ter cuidado para não confundir com o choro de TPM. Os sinais de nervosismo são os mesmos, mas este tem um motivo racional. Alguma coisa – real ou imaginária – está acontecendo e ela quer discutir a relação. Você não tem alternativa. Logo, ouça com atenção. Em meio ao choro e à catarata de argumentos emocionais, algo vai aparecer com clareza, em algum momento. Você fez ou deixou de fazer alguma coisa importante. Pode ser uma miudeza, como a data de início de namoro que passou batido, ou pode ser alguma coisa grave. Talvez ela queira morar junto ou casar ou ficar grávida. Talvez ela ache que você não goste mais dela. Em qualquer hipótese, seja racional, mas não perca a empatia. E tome extremo cuidado para não ser manipulado a fazer coisas que não deseja fazer apenas para aplacar o choro dela. Desde os tempos bíblicos há homens que perderam a cabeça por causa das lágrimas de uma mulher. Pergunte a João Batista.

4. Choro de raiva: em geral tem alguma frustração no meio. Pode ser o trabalho dela que não avança, pode ser a sua vagabundice em casa, pode ser aquela gostosinha que ficou dando bola para você na frente de todo mundo na festa. Pode ser também, a la Nelson Rodrigues, que ela esteja chorando por alguém que não é você, e a tratou mal. Choro de raiva é alto, envolve gritos, tem vocação para barraco. O melhor é acalmá-la e dar razão no que for possível. Depois se conversa.

5. Choro de desapontamento: o olhar que o antecede parece ao de tristeza, mas tem um brilho mais acusatório. Como você foi capaz? Por trás desse choro sentido pode haver uma situação facilmente contornável – como a sua impaciência com a mãe ou a melhor amiga dela – ou algo realmente explosivo, como a história maluca com a garota do trabalho. Se for a segunda hipótese, o choro é serio. Às vezes, ele significa que ela ainda gosta de você e, quem sabe, diante de uma catarse (seria bom você também cair no choro...) as coisas possam se arranjar. Outras vezes o choro é de luto. Nesse caso, ela está chorando a relação que acabou. Você já era.

6. Choro de adeus: esse mistura tristeza e culpa. Ela está explicando que não dá mais, e cai no choro. Nessas horas você está confuso, sente-se uma droga e tem vontade de chorar também, por estar levando um pé na bunda. Mas homem não chora, né? Essa, aliás, é a uma das coisas que o convívio com as mulheres deveria nos ensinar. Chorar. De tristeza, de raiva, de frustração, de mágoa. Chorar até sem motivo. Isso nunca fez mal às mulheres. Talvez faça algo por nós.

Escrito por Ivan Martins

Texto Arquivado através do Google.
Quem souber a fonte me avisa, ok?

Sindrome de Otélo - O Cíume Patológico


Otelo, o mouro de Veneza, é personagem principal do romance do famoso britânico Willian Shakespeare, que conta a história de um homem que ama demais a esposa e que, convencido de sua infidelidade, acaba a matando para logo após descobrir a inocência dela.

O conto de Shakespeare traça muitos paralelos com a nossa vida cotidiana. Nenhum relacionamento está livre das desconfianças e das tentações que o mundo oferece, ainda mais nos dias de hoje em que o apelo sexual está em cada esquina. Porem existe pessoas que passam dos limites nas desconfianças e qualquer indicio, por mais absurdo que seja, é uma prova cabal da traição do parceiro.

De fato, não são todos os relacionamentos que terminam em morte como o caso de Otelo, mas o crime passional tem aumentado; vemos na TV vários casos de assassinatos ligados a términos de relacionamentos e traições.

Vamos falar um pouco do ciúme patológico, algo que movimenta grande parte dos casos de procura por terapia.

O ciúme patológico é definido como a persistente ideia de que o parceiro(a) possui outros relacionamentos, não importando qual seja a realidade da relação amorosa, pois a sensação é que a relação afetiva está em constante ataque por parte de outras pessoas. Nesse sentido, a pessoa com ciúme patológico interpreta tudo no ambiente como uma prova da infidelidade do parceiro, já que a todo o momento o sentimento é de que o relacionamento corre perigo.

Dizem que o ciúme é algo natural e esperado de qualquer relacionamento, afinal, quem gosta cuida e quer proteger o relacionamento e a pessoa amada.

Não existe uma escala que nos diz quando o ciúme passa de “normal” para patológico, mas podemos perceber que o ciúme patológico causa intenso sofrimento para o ciumento e para o parceiro, que precisa se submeter a questionários, brigas, controles de todas as formas e, em alguns casos, pode ter sua integridade física ameaçada.

A Síndrome de Otelo é diagnosticada quando existem sintomas e sinais específicos e em conjunto. Podemos dizer que as principais características dessa síndrome incluem: ter o controle da pessoa amada, checar contas de telefone, ler e-mails particulares, vasculhar bolsos, agendas, contas de cartão de crédito, contratar detetives, seguir a pessoa, dar fonemas constantes, implicar com roupas que o outro usa, implicar com amigos(as) e até mesmo parentes, não permitir que o parceiro saia desacompanhado, entre outros.

É importante ressaltar que a pessoa que sofre do ciúme patológico fundamenta suas ações em distorções e falsas interpretações da realidade. Quando o ciúme ameaça a integridade do relacionamento e qualquer estímulo é interpretado como uma prova de traição, por mais irracional e absurdo que sejam os argumentos usados pelo ciumento, então é preciso ficar atento.

Quando existe agressão física e ameaças de diversas ordens, o relacionamento não tem mais chances de se tornar saudável sem a ajuda profissional de um terapeuta treinado para tal.

Quem se envolve com um ciumento patológico vive em constante ameaça, cobranças, brigas e precisa se justificar de tudo que faz a todo o momento. É um tipo de relacionamento penoso e desgastante, e transtornos de ansiedade e depressão costumam se instalar na vítima do ciumento.

A vítima perde a identidade e a paz e, como no caso de Eloá Pimentel, que foi mantida como refém por 68 horas por Lindenberg Alves em 2008, pode também perder a vida.

As terapias de abordagem comportamental (Analise do Comportamento) e Cognitivo Comportamental (TCC) são as mais indicadas para o tratamento desse tipo de caso, possuindo estudos e pesquisas de alto grau de evidência científica, atestando que de fato funcionam.

O ciúme patológico ou Síndrome de Otelo é um problema que existe há séculos e que afeta milhões de pessoas no mundo todo, sendo contudo um problema tratável e com grandes possibilidades de melhora quando realizado por um profissional qualificado e devidamente treinado.

Marcelo Souza
http://www.comportese.com
Imagens: Google

Como ajudar o cérebro a tomar melhores decisões

Tomar decisões nunca foi fácil. Muitas teorias e pouca praticidade. A autora fundamenta muito bem nas bases neufisiobiológicas. Porém, argumenta com termo "inconsciente" para o que não consegue explicar. Recomendo a leitura.


Você é capaz de imaginar o que acontece com o seu cérebro quando você está prestes a tomar uma decisão importante? O que nos leva a escolher aquele produto mais caro no supermercado ou qual filme assistir na sexta à noite? A ciência tem se esforçado para entender melhor o processo de tomada de decisões. Um artigo na Scientific American trouxe estudos revelando que, ao contrário do que muita gente pensava, ter muitas opções de escolha nos leva a tomar decisões piores – ou não tomar decisão nenhuma.
O mais divertido deles foi um realizado pelos pesquisadores Alison P. Lenton, da Universidade de Edimburgo, e Marco Francesconi, da Universidade de Essex. Eles analisaram as escolhas feitas em 84 speed-dates (eventos em que a pessoa participa de vários miniencontros com desconhecidos, um após o outro, para no final escolher – ou não – os parceiros de que mais gostou). O resultado mostrou que os participantes fizeram menos propostas (muitas vezes, nenhuma!) para um segundo encontro quando tinham maior variedade de opções. Essa variedade, em vez de possibilitar melhores decisões, na verdade confunde e prejudica a qualidade da escolha.
Mostramos esse estudo para Camile Maria Costa Corrêa, que estuda fatores que influenciam a tomada de decisão no Laboratório de Neurociência e Comportamento da USP, e batemos um papo com ela sobre isso. Quer saber como você pode dar uma forcinha para o seu cérebro tomar decisões mais acertadas? A Camile deu boas dicas.

O que a ciência já sabe sobre a maneira como tomamos decisões?
Sabe-se que a maioria das nossas decisões são automáticas, pois são fruto de processamento inconsciente. Descer uma escada ou retirar a mão de uma chapa quente são decisões que precisam ser rápidas, sem interferência da verbalização interna. Mas há decisões complexas que envolvem situações de risco e exigem racionalização. Em tomada de decisões, simples ou complexas, é o sistema nervoso que avalia as alternativas possíveis, geralmente de forma a maximizar os ganhos e minimizar as perdas. A neurociência vem desenvolvendo métodos para avaliar como a cognição, emoção, atenção e memória e outras variáveis contribuem para o processo. A decisão não é uma simples escolha entre alternativas, mas um processo que depende da experiência do indivíduo e de sua capacidade de identificar os principais fatores da situação.

Como o cérebro atua nesse processo?
Processos inconscientes, expressos no estado de motivação de um indivíduo, dependem, grosso modo, do funcionamento do tronco encefálico e dos gânglios da base. Já as reações emocionais são fruto de processamento do sistema límbico: elas são o pano de fundo, o cenário em relação ao qual as decisões são tomadas. Finalmente a atividade de áreas frontais (córtex pré-frontal) é associada ao planejamento decisório, ao controle dos impulsos e à decisão racional. Mas é importante lembrar que não existe essa aparente compartimentalização do cérebro na hora de decidir. Todas as áreas têm sua contribuição relativa e interdependente, só que umas são mais recrutadas do que outras
O estudo indicou que ter muitas opções pode nos atrapalhar. Por que isso acontece?
Antes se pensava que quanto mais alternativas tivéssemos, melhor seria a nossa decisão. As opções eram vistas como promotoras da nossa liberdade de avaliar A melhor opção. Entretanto, escolher dentre inúmeras alternativas de marcas de produtos no supermercado, celulares, carros etc. virou um processo tão custoso que as pessoas sentem-se aliviadas quando não precisam decidir. Quando temos que escolher uma alternativa, é necessário abrir mão de muitas outras potencialmente boas também. Isso gera um sentimento de perda e situações de impasse cuja resolução é tão difícil que pode ser mais fácil desistir.


Como o estresse afeta a tomada de decisões?

O estado de estresse claramente prejudica várias funções cognitivas, como memória, atenção e a tomada de decisões. O estresse pode levar a decisões impulsivas ou mesmo perseverativas. Pode restringir a busca por soluções, pode impedir a flexibilização do raciocínio.
Que outros fatores dificultam o ato de fazer escolhas?
Geralmente, acreditamos que não somos responsáveis por decisões tomadas em situações de coerção, ignorância, intoxicação involuntária, insanidade ou ausência de controle. Além dessas situações, o excesso de opções, pouco tempo para decidir, falta de atenção, existência de distrações, apelos por decisões impulsivas, vieses emocionais ou excesso de racionalização, são empecilhos à decisão.

Como as propagandas e outras influências externas podem afetar as nossas escolhas e o que podemos fazer para não sermos tão influenciáveis?
As propagandas sabem usar elementos que apelam às nossas motivações. O que se vende numa propaganda geralmente é só contexto e as promessas de bem-estar associadas a um produto. Oferecê-lo pode ser satisfatório por dois motivos: suprir uma necessidade ou suprir um desejo. Para não sermos tão influenciáveis, mais importante do que saber que essas estratégias existem é conhecer os seus valores pessoais. A instrospecção (exercício de saber sobre si mesmo) pode ajudar a filtrar o bombardeamento de oportunidades imperdíveis, promoções e liquidações. Valorizar mais objetivos a longo-prazo do que os imediatos são escolhas geralmente conservadoras, mas que impedem ceder à tentação das propagandas.

Que outras atitudes ajudam a tomar decisões melhores?
Ser capaz de prever eventos fornece tempo para preparar reações, de forma a melhorar as escolhas que se venha a fazer no futuro. Por outro lado, raciocinar sobre as próprias decisões, exercitar a introspecção pode ser uma boa estratégia para identificar valores e objetivos a curto e longo prazo, ajudando a construir critérios sobre suas necessidades e motivações. Deixar a “intuição” falar também pode ser uma boa opção em vários casos. Saber que, em alguns casos, as decisões “impensadas” geram resultados melhores não significa necessariamente agir impulsivamente. A força da intuição está nas experiências. Às vezes elas bastam, às vezes não.

Ana Carolina Prado

Fios e Linhas








Tenho observado que existem uma variedade de técnicas de crochê nos meus garimpos pela net. Como a arte e as linhas tem surgido com grande entusiasmo em mim. Resolvi postar alguns técnicas que tanto me aprecia.
Esse blog http://delights-gems.blogspot.com tem trabalhos lindos, e o melhor, tem uma lojinha - Etsy - que podemos adquiri-los.

Essa técnica chama-se Potholder Ripple Rose

Parte 1
Round 1 : 3 pc para contar como primeiro hdc. 8 hdc. (9) Não participar. Marque o ch 3 primeiros com um pequeno pedaço de fio contrastante na base. (9) Rounds 02/01 será uma espiral contínua; não se juntar, continue em uma espiral .

Round 2 : Trabalhando em loops de volta , apenas, fazer 2 hdc em cada ponto em torno de (18). Não se junte.

Round 3 : Trabalhando em loops de volta, apenas, fazer 2 hdc em cada ponto. Pbx na alça de trás do ponto seguinte ao fim da linha e quebrar. (36)

Rodada 06/04 : Ainda usando a cor Uma junção, com um pbx no circuito frente do 3/hdc ch primeira vez que é marcado por contrastes pedaço de fio. Depois de determinar este ª partida, você pode remover o marcador e depois (ch 3, 3 pa, 3 pc, pbx) nesse circuito frente mesmo

Nos próximos nove loops frente na espiral: (pbx, 3 pc, 3 pa, 3 pc, pbx). Total de 10 pétalas.


Daqui até o fim da espiral de crochê, a mesma seqüência: (pbx, 3 pc, 3 pa, 3 pc, sl st) em cada ciclo outra frente: Quebre a cor, colocar todos os rabos de fios na parte de trás desta rosa e segura as pontas.
Round 7 : Usar a cor B (folhas), 3 pc em qualquer loop de volta da rosa para contar como pb. Na mesma st: dc, ch 2, 2 pb. Ch 1. * Ir 3 loops de volta, no circuito de volta quarto: (2 dc, ch 2, 2 dc) ch 1. Repetir de * em torno de um total de 9 desses conjuntos.


Round 7 é o mesmo que a mais próxima rodada para o centro no diagrama abaixo.

NOTA : em Rounds 8-11, pular mais de dois pontos desde o final de uma ondulação e dois pontos mais para iniciar o ripple que vem. Em outras palavras, há quatro pontos falsos entre ondulações. Os pontos falsos são vistos em vermelho-alaranjado no diagrama abaixo.


Round 8 : * No cap 2 sp, (3 dc, ch 2, 3 dc). Repetir de * em todos os espaços em torno de 2 ch. Romper cor.
Round 9 : Este será uma rodada em que há quatro dc vai até a ondulação ao pico e, depois de 2 ch, quatro a descer para o vale.

Com a cor C (cor de fundo), junte-se em qualquer 2 ch sp. Ch 3 (para servir como pb), dc, ch 2, 2 pb, 2 pb na parte superior do dc seguinte, mais de 4 Ir dc e no topo do um antes do 2 ch sp, 2 pb. * Na ch 2 sp, (2 dc, ch 2, 2 dc). 2 pb no ponto seguinte. Repetir de * volta e terminar com 2 pb no st antes do cluster no 2 ch sp. Pbx para se juntar rodada.

Round 10 : Esta será uma rodada em que haverá cinco dc vai até a ondulação para o pico e cinco a descer para o vale.

Pbx para começar no 2 ch sp. Na ch 2 espaço, ch 3 (primeira dc), dc, ch 2, 2 pb. Pa no p seguinte, 2 pb no ponto seguinte, Skip quatro st. [Ver diagrama] 2 ª dc após a segunda na ondulação. 1 pb no ponto seguinte. * Na ch 2 sp (2 dc, ch 2, 2 dc). Pa no p seguinte, 2 pb no ponto seguinte. Ir quatro st. 2 pb no ponto seguinte, 1 pb no ponto seguinte. Repetir de * ao redor. Junte-se com um pbx para completar a rodada.

Rodada 11 : Esta será uma partida de vez o hdc é f DC . Haverá seis hdc é com a ondulação de pico e seis a descer a onda para o vale.

A partir do 2 ch espaço: (ch 2, hdc, ch 2, 2 hdc), 1 hdc em cada um dos próximos 2 ª, 2 hdc no ponto seguinte. Ir quatro ST. 2 hdc no ponto seguinte, 1 mpa em cada um dos próximos 2 ST. * Em ch trabalho sp 2 (2 hdc, ch 2, 2 hdc), 1 hdc em cada um dos próximos 2 ª, 2 ª hdc na próxima. Saltar 4 º, 2 hdc no ponto seguinte, 1 mpa em cada um dos próximos 2 ST. Repetir de * ao redor. Junte-se com um pbx ao fim da rodada. Romper deixando uma cauda de 7 polegadas .

Post de http://karinaandehaak.blogspot.com

O Amor, um anseio, por Martha Medeiros


"Recebi de presente de uma querida amiga um livrinho com pensamentos de Carl Jung sobre o amor, este tema fascinante que nunca se esgota. Pai da psicologia analítica, Jung faz várias considerações, até que em certo momento da leitura me deparei com a seguinte frase: “O amor da mulher não é um sentimento — isso só ocorre no homem — mas um anseio de vida, que às vezes é assustadoramente não sentimental e pode até forçar seu autossacrifício.”
Peraí. Isso é sério. O que eu entendi dessa afirmação é que o homem é o único ser capaz de sentir um amor genuíno e desinteressado. O homem só atende ao seu mais puro sentimento — e se esse sentimento não existir, ele não compactua com uma invenção que o substitua. O homem não cria um amor que lhe sirva.
Já para a mulher o amor não é uma reação emocional, é muito mais que isso: aliado a esse sentimento latente, existe um projeto de vida extremamente racional que precisa ser levado a cabo para que ela concretize seu ideal de felicidade. O amor é uma ponte que a levará a outras realizações mais profundas, o amor é um condutor que a fará chegar a um estado de plenitude e que envolve a satisfação de outras necessidades que não apenas as de caráter romântico.
Ou seja, romântico mesmo é o homem.
A mulher necessita encontrar seu lugar no mundo, a mulher precisa completar sua missão (ter filhos, geralmente a mais prioritária), a mulher deseja responder seus questionamentos internos, a mulher se sente impelida a formatar um esquema de vida que seja inteiro e não manco, a mulher possui uma voracidade que a faz querer conquistar tudo o que idealizou. O amor é um caminho para a realização desse projeto que é bem mais audacioso e ambicioso do que simplesmente amar por amar. O amor pode nem ser amor de verdade, mas é através de algum amor, seja ele de que tipo for, que ela confirmará sua condição de mulher. O homem já nasce confirmado em sua condição.
Será isso mesmo ou estou viajando na interpretação que fiz? Se eu estiver certa, então talvez o verdadeiro amor seja o amor da maturidade, o amor que vem depois de a mulher já ter atingido seu anseio original, o amor que surge da serenidade, depois de tanto ter se empenhado, o amor que vem quando não há mais perseguição a nada: o amor maduro e íntegro da mulher pode enfim se conectar com o amor maduro e íntegro que o homem sempre sentiu. Os amores puros de um e de outro finalmente se encaixariam — o amor real dele e o amor dela desprovido de ansiedades secretas. Enfim, juntos?
Indo mais longe, talvez isso explique por que são as mulheres as que mais pedem o divórcio: já atingiram seus propósitos e procuram agora vivenciar um amor que seja unicamente sentimental, sem cota de sacrifício, enquanto que o homem só pede o divórcio quando se apaixona por outra mulher, pois ele sempre foi movido pelo amor desde o começo, deixando as racionalizações fora do âmbito do coração.
Jung, me perdoe se delirei a partir de uma única frase sua, mas me permita realizar esse meu anseio de pensar o amor, além de vivenciá-lo. Que jeito, sou mulher. "
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