Grandes Personas: Cora Coralina

"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina"

Quem é Cora Coralina

Poetisa doceira, florista, sertaneja, verdureira, mãe, cozinheira, mulher! Sua alma meiga transparece clara no olhar e na escrita brejeira iniciada aos quatorze anos de idade, ainda que tenha estudado apenas até a terceira série primária. Escreveu vários livros ao longo da vida, no entando apenas em 1965, já com 76 anos teve publicado o primeiro (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais). Reconhecida nacionalmente, foi exaltadas por poetas e escritores de sua época:
Carlos Drummond de Andrade, em junho de 1979 - "Não tenho o seu endereço, lanço estas palavras ao vento na esperançade que ele as deposite em sas mãos. Admiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Dá alegria na gente saber que existe bem no coração do Brasil um ser chamado Cora Coralina."
Jorge Amado, em outubro de 1975 - "Dos doces osso dizer que são sublimes e divinos e ainda digo pouco. Da gentileza de enviá-los nada posso dizer, faltando as palavras para agradecer tanta civilização. A senhora é uma artista admirável em sua arte, , a mais nobre das artes, a da culinária."
Carlos D de Andrade, em janeiro de 1981 - "Você me deu uma grande alegria oferecendo-me o "Meu livro de Cordel. Poesia tão pura, tão humana, tão comunicativa. Você tem o dom de cativar os leitores com seus versos cheio de alma, de sentimento da terra e de comunhão fraterna com os humildes".

Nasceu em Goiás, com o nome Ana Lins Peixoto, em 20 de agosto de 1889, na "Casa Velha da Ponte" (foto abaixo onde hoje é um museu).


MEU EPITÁFIO
Morta...serei árvore
Serei tronco, serei fronde
E minhas raízes
Enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
A pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.

(Meu Livro de Cordel, p.95)



Fontes: http://lianafabricio.blogspot.com

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